quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Melhor amigo do homem!


O pesquisador em inteligência artificial David Levy, 62 anos, assustou a mim e, com certeza, a diversas outras pessoas com sua tese de doutorado intitulada “Relações Íntimas com Parceiros Artificiais". O britânico afirmou com todas as letras que, em não mais de 40 anos, estaremos fazendo amor com robôs, e que isso será uma prática absolutamente comum, afinal, serão melhores na cama que qualquer humano.

No Japão - ao contrário do Brasil - quem comprava o Tamagotchi não era o grupo infantil, mas o adulto. Os maiores consumidores eram mulheres de 21 a 30 anos. Os bichinhos virtuais faziam sucesso justamente porque a pessoa acabava criando uma preocupação com ele, cuidava como um ser vivo qualquer. Mais ainda, cuidando para que ele não morresse. O tinha como uma companhia virtual, imaginária. Agora, se considerarmos que o ser humano possa criar um laço afetivo com um simples brinquedo, um animalzinho virtual, quem duvidaria que o ser humano um dia se apaixonará perdidamente por robôs que vão para cama com ele?

O pesquisador diz que já estão sendo criados os primeiros e precários robôs sexuais. Ele fala que serão vendidas em média de 15 a 20 mil dólares. Em virtude de que serão os antecedentes de todos os outros, logicamente não serão capazes de sair fazendo todo mundo cair de amores por eles, afinal não terão o principal, o diferencial entre eles e uma boneca inflável de hoje: a personalidade. Em quarenta anos, para Levy, a técnica que possibilita isso será suficiente para obtermos resultados impressionantes, inacreditáveis à visão de hoje.

Em quantas coisas vamos ter que começar a pensar caso as previsões do inglês sejam corretas? David já diz que as pessoas irão se casar com máquinas. Agora, se formos analisar aqui do passado todos os problemas e dúvidas que, inevitavelmente, surgirão, acabamos dando uma nó em nossas mentes pelo número de dúvidas e questões polêmicas que aparecerão. De acordo com o pesquisador, os primeiros usuários serão os indivíduos envergonhados, com problemas de relacionamento interpessoal, baixa auto-estima, etc. Afinal, esse é o público que hoje é o maior usuário de bonecas infláveis, logo, provavelmente, será o que mais rapidamente desejará possuir um robô sexual.

No entanto, o robô será algo que tem o visual de um ser humano, será esteticamente perfeito, do estilo e preferência do seu dono, fará o “serviço” na cama melhor do que qualquer um, será programado para amar seu comprador e ter uma personalidade X, também de acordo com a vontade do proprietário. Como uma pessoa excluída dos grupos sociais, que sempre foi rejeitada pela maioria do sexo oposto por ser um chato, ou tímido, ou por não ser dos mais bonitinhos, ou pela razão que for, não se apaixonará por isso? É inevitável. E é daí que nos vêm mais indagações, por exemplo: não será antiético quando um amante humano, após se casar com um robô, apenas desligar a máquina depois de enjoar de sua cara? Sei lá, será que a monogamia será aplicada também aos robôs? Não poderemos, então, montar o harém de sex-machines? Hãm? Hãm? E quando a autonomia do robô começar a ser um pouco maior do que foi previsto, para ficar mais próximo da realidade e ele ou ela se “apaixonar” por uma outra pessoa ou até mesmo por outro ciborgue lindo e sem defeito? Será que processaríamos a empresa fabricante? Assassinaríamos o robô? Ou o amante-robô? Será que demoraremos muito para aceitar a união entre robôs no mesmo sexo? A música “Robocop Gay" será revisitada? Enfim, mas uma coisa, amigos, não vai mudar, é nunca:

- MEU DEUS! Não acredito! Outro chupão, Roberta X3123YK??? Foi aquela lata velha da casa dos Silva novamente, né? Depois de tudo que eu fiz por você?! Restaurei-te todinha, depois de te tirar com minhas próprias mãos da lata dp lixo, dei-te parafusos, roscas e porcas de ouro, tudo que você sempre quis e você me troca por esse troço enferrujado!? Estou arrasado! Saia da minha frente, leve sua lata de óleo e o lubrificante junto, o que quiser, mas saia daqui agora! Antes que eu perca a cabeça.... Rápido! Do jeito que estou sou capaz até de te desparafusar toda, hein!


- Mas amor, foi um erro no sistema... Eu to com esse barulho estranho há uma semana. Olha aqui. Viu? Você sabe que meu cérebro foi mal programado. E além do mais...


- Sem mais, Roberta! Daqui a pouco vai me dizer de novo que o calor esquentou os fusíveis e fez você ficar fora de si. Não sou mais aquele bobo de antigamente!

Bom, isso me faz pensar... Lembram do clipe do Aerosmith ? Aquele em que o rapazinho nerd e super excluído (não lembro do nome do clipe, me desculpe), depois de todas as garotas do colégio o fazerem de palhaço, resolve montar uns robôs/mulheres gostosonas. Aí então elas o traem com os jogadores de futebol americano da escola depois de um tempo. Duas vezes, ainda por cima! Então, a mocinha bonitinha que, na metade do clipe, defende ele das patricinhas malévolas acaba ficando com ele no final... Surprendente, né? Mas enfim, daqui a quarenta anos esse pode ser seu neto, já imaginou?


Escrito por Fabrício Lunardi

2 comentários:

Anônimo disse...

Sério....Post foda esse !

R. disse...

meu baby escreve muuito :D