Por favor, me ajude!

Não agüento mais. Estou perdendo minhas forças. Sangro por dentro! Dou minha alma para destruí-la, mas é inútil. Enquanto me mato de esforço para melhorar a situação, ela... ela continua cada vez mais poderosa e sufocante! Domina-me mais e mais todos os dias. Toma meu espaço, rouba minha vida, meus pertences mais importantes. Ela me envolve totalmente, como uma força superior. Não posso vencê-la, temo. Não sou frouxo de desistir, um franguinho, um covarde! Não... Só eu sei o que estou passando. Pego uma carta, umas contas, um livro, folhas, viro para o lado e com a velocidade de um raio se unem e se transformam em Quéops domésticas! Tão grandes que não enxergo o outro lado, são muros intransponíveis! Não sei mais o que fazer. É desde quando acordo e tomo banho até quando vou dormir e me preparo para assistir o DVD do House, tudo a abastece. Não estou mais conseguindo andar, me locomover pela casa. Não sei onde estão nem minhas cuecas nem minha bateria. A minha desorganização aniquila sem dó qualquer uma de minhas coisas. Por favor, Clôzinha! Volta de viagem, preciso dos seus serviços de novo! Nunca pensei que uma empregada fizesse tanta falta!

escrito por Fabricio Lunardi